O Livro dos Médiuns: Perispírito!


Allan Kardec - 1804-1869


O Livro dos Médiuns: Perispírito!

LIVRO: O LIVRO DOS MÉDIUNS - AUTOR: ALLAN KARDEC - EDITORA: LAKE - EDIÇÃO: 11ª - ANO: 1984. ASSUNTO: O Perispírito – Trabalho copilado de acordo com a obra O Livro dos Médiuns de Allan Kardec.

“Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa”. – Erasto.

Pg.414 (São Luiz): “... O Espiritismo é uma moral e não deve sair dos limites da filosofia se não quiser cair no campo da curiosidade. Deixai de lado as questões científicas”.
 
O Perispírito
 

Pg.16 (Introdução do Livro dos Médiuns) “A tese fundamental deste livro (dos Médiuns) é a existência do Perispírito ou corpo energético dos Espíritos, elemento de ligação do Espírito ao corpo material. Essa ligação, de tipo energético ou vibratório, é o princípio da mediunidade”.

Pg.25 – “Além desse envoltório material o Espírito possui outro, semimaterial, que o liga ao primeiro. Na morte, o Espírito abandona o corpo, mas não o segundo envoltório, a que chamamos Perispírito. Esse envoltório semimaterial, que tem a mesma forma humana do corpo, é uma espécie de corpo fluídico, vaporoso, invisível para nós no seu estado normal, mas possuindo ainda algumas propriedades da matéria. Nota: O Apóstolo Paulo como podemos ver na I epístola aos Coríntios, chama o Perispírito de corpo espiritual, que é o corpo da ressurreição" (J.H.P.).

Pg.25 – Não conhecemos ainda a natureza íntima do Perispírito, mas podemos supô-lo constituído de substância elétrica, ou de outra espécie de matéria tão sutil como essa.

Pg.62/núm50 – Na Doutrina Espírita, entretanto, o Perispírito é considerado como simples envoltório fluídico da alma ou Espírito. Constituindo-se o Perispírito de uma forma de matéria, embora muito eterizada...

A alma e o Perispírito formando um todo sob a denominação de Espírito. Como o germe e o perisperma formam uma unidade sob o nome de fruto.

Pg.64/núm51 – Resposta de um Espírito: “O que uns chamam de Perispírito é o mesmo que outros chamam envoltório fluídico... Esse fluído é a perfectibilidade dos sentidos, a extensão da vista e do pensamento... Me refiro aos Espíritos elevados. Quanto aos Espíritos inferiores, estão ainda completamente impregnados de fluídos terrenos... Por isso sofrem fome, frio, etc. O perispírito, para nós, Espíritos errantes é o instrumento pelo qual nos comunicamos convosco, seja indiretamente, por meio do vosso corpo ou do vosso Perispírito, seja diretamente com a vossa alma... O Perispírito pode variar de aparência ao infinito; a alma é a inteligência, não muda sua natureza...” – Lamennais.

Pg.69/núm54 – Numerosas observações e fatos irrecusáveis, de que trataremos mais tarde, demonstraram a existência no homem de três componentes: 1º) A alma ou Espírito, princípio inteligente em que se encontra o senso moral; 2º) O corpo, invólucro material e grosseiro de que é revestido temporariamente para o cumprimento de alguns desígnios providenciais; 3º) O perispírito, invólucro fluídico, semimaterial que serve de liame entre a alma e o corpo.

A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do envoltório grosseiro que a alma abandona. O outro envoltório desprende-se e vai com a alma, que, dessa maneira tem sempre um instrumento. Este último, embora fluídico, etéreo, vaporoso, invisível para nós em estado normal, é também material, apesar de não termos, até o presente, podido captá-lo e submetê-lo à análise. Este segundo envoltório da alma ou perispírito existe, portanto, na própria vida corpórea. É o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe, e através do qual o Espírito transmite a sua vontade ao exterior, agindo sobre os órgãos do corpo. Para nos servirmos de uma comparação material, é o fio elétrico condutor que serve para a recepção e a transmissão do pensamento. É, enfim, esse agente misterioso, inapreensível, chamado fluido nervoso, que desempenha tão importante papel na economia orgânica e que ainda não se considera suficientemente nos fenômenos fisiológicos e patológicos. ...Seja durante a sua união com o corpo ou após a separação, a alma jamais se separa do seu perispírito.

Pg.70/núm55 – Mas em qualquer de seus graus, ele (Espírito) está sempre revestido de um invólucro ou perispírito, cuja natureza se eteriza à medida que ele se purifica e se eleva na hierarquia. ...O perispírito, portanto, faz parte integrante do Espírito, como o corpo faz parte integrante do homem. Mas o perispírito sozinho não é o Espírito, como o corpo sozinho não é o homem, pois o perispírito não pensa. Ele é para o Espírito o que o corpo é para o homem: o agente ou instrumento de sua atividade.

Pg.70/núm56 – A forma do Perispírito é a forma humana, e quando ele nos aparece é geralmente a mesma sob a qual conhecemos o Espírito na vida física.

... A forma humana é a forma típica de todos os seres, em qualquer grau a que pertençam. Mas a matéria sutil do Perispírito não tem a persistência e a rigidez da matéria compacta do corpo. Ela é, se assim podemos dizer, flexível e expansível. Por isso, a forma que ela toma, mesmo que decalcada do corpo, não é absoluta. Ela se molda à vontade do Espírito, que pode lhe dar a aparência que quiser, enquanto o invólucro material lhe ofereceria uma resistência invencível. 

Pg.71 – Desembaraçado do corpo que o comprimia, o Perispírito se distende ou se contrai; se transforma, em uma palavra: se presta a todas as modificações, segundo a vontade que o dirige. É graças a essa propriedade do seu invólucro que o Espírito pode fazer-se reconhecer, quando necessário, tomando exatamente a aparência que tinha na vida física, e até mesmo com os defeitos que possam servir de sinais para o reconhecimento.

Pg.71/núm57 – Embora fluídico, ele se constitui de uma espécie de matéria, e isso resulta dos casos de aparições tangíveis, ...sobe a influência de certos médiuns, verificou-se a aparição de mãos, com todas as propriedades das mãos vivas, dotadas de calor, podendo ser apalpadas, oferecendo a resistência dos corpos sólidos, pegando as pessoas, e que de repente se esvaeciam como sombras. Sua tangibilidade, sua temperatura, a impressão sensorial que produzem, chegando mesmo a deixar marcas na pele, a dar pancadas dolorosas, a acariciar delicadamente, provam que são materialmente constituídas. Sua desaparição instantânea prova, entretanto, que essa matéria é extremamente sutil e se comporta como algumas substâncias que podem, alternativamente, passar do estado sólido ao fluídico e vice-versa. 

Pg.71/núm58 – O Espírito precisa, pois, de matéria, para agir sobre a matéria. Seu instrumento direto é o Perispírito, como o do homem é o corpo. O Perispírito, como acabamos de ver, constitui-se de matéria. Vem a seguir o fluído universal, agente intermediário, espécie de veículo sobre o qual ele age como nós agimos sobre o ar para obter certos efeitos através da dilatação, da compressão, da propulsão ou das vibrações. 

Pg.72 – Desde que a conhecemos, o maravilhoso desaparece, pois a causa se encontra inteiramente nas propriedades semimateriais do perispírito.

Pg.72/núm59 – Quando vemos o ar derrubar edifícios, o vapor arrastar massas enormes, a pólvora gaseificada elevar rochedos, a eletricidade espedaçar árvores e perfurar muralhas, que há de estranho em admitir que o Espírito, servindo-se do Perispírito, possa erguer uma mesa, sobretudo quando se sabe que esse Perispírito pode tornar-se visível, tangível e comportar-se como um corpo sólido? 

Pg.82/P.9(R) – ...Por sua natureza etérea, o Espírito propriamente não pode agir sobre a matéria grosseira sem intermediário, ou seja, sem o liame que o liga à matéria. Esse liame, que chamamos perispírito, oferece a chave de todos os fenômenos espíritas materiais. 

Pg.83 – Observação: A densidade do perispírito, se assim se pode dizer, varia de acordo com a natureza dos mundos, como já foi ensinado (Livro dos Espíritos, nos 94 e 187). Parece variar também no mesmo mundo, segundo os indivíduos. Nos Espíritos moralmente adiantados ele é mais sutil e se aproxima do perispírito das entidades elevadas; nos Espíritos inferiores aproxima-se da matéria e é isso que determina a persistência das ilusões da vida terrena nas entidades de baixa categoria, que pensam e agem como se ainda estivessem na vida física, tendo os mesmos desejos e quase poderíamos dizer a mesma sensualidade. Essa densidade maior do perispírito, estabelecendo maior afinidade com a matéria, torna os Espíritos inferiores mais aptos para as manifestações físicas. É por essa mesma razão que um homem refinado, habituado aos trabalhos intelectuais, de corpo frágil e delicado, não pode erguer pesados fardos como um carregador. A matéria de seu corpo é de alguma maneira menos compacta, os órgãos são menos resistentes, o fluído nervoso menos intenso. O perispírito é para o Espírito o que o corpo é para o homem. Sua densidade está na razão da inferioridade do Espírito. Essa densidade, portanto, substitui nele a força muscular, dando-lhe maior poder sobre os fluídos necessários às manifestações do que o possuem os de natureza mais etérea. 

Pg.84/P.13 – Se bem compreendemos o que disseste, o princípio vital provem do fluído universal. O Espírito tira desse fluído o envoltório semimaterial do seu perispírito, e é por meio desse fluído que ele age sobre a matéria inerte. 

Pg.87/P.21 – Ao mover os corpos sólidos... Resposta: ...Uma porção do seu perispírito se identifica, por assim dizer, com o objeto em que penetra. 

Pg.89/núm75 – O fluído condensado constitui o perispírito ou invólucro semimaterial do Espírito. Na encarnação, o perispírito está ligado à matéria do corpo; na erraticidade está livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito está mais ou menos fundida com a matéria corpórea, mais ou menos colada a ela, se assim podemos dizer.

Pg.89/núm76 – A inteligência, que é o próprio Espírito encarnado em nosso corpo, está unida ao corpo pelo perispírito e não pode agir sobre o corpo sem o perispírito... Assim: ela age sobre o perispírito, que é a substância com que tem mais afinidade, o perispírito age sobre os músculos...

Pg.90/núm77 – Assim, o fluido vital, dirigido pelo Espírito, dá uma vida artificial e momentânea aos corpos inertes. Sendo o perispírito formado por esse fluido, segue-se que o Espírito encarnado, por meio do seu perispírito, é quem dá vida ao corpo, mantendo-se unido a ele enquanto o organismo o permite. 

Pg.107/Erasto – É necessário que exista entre o Espírito e o médium uma certa afinidade, uma certa analogia, numa palavra, uma determinada semelhança que permita à parte expansível do fluido perispirítico do encarnado misturar-se, unir-se, combinar-se com o do Espírito que deseja fazer o transporte. Essa fusão deve ser de tal maneira que a força dela resultante se torne por assim dizer una.

Pg.112/Nota de Erasto – Como o seu fluido pessoal pode dilatar-se, é penetrável e expansível, ele combina uma porção do fluido animalizado do médium, e é nessa mistura que oculta e transporta o objeto.

Pg.113/Nota de Erasto – Não é a matéria propriamente dita que os envolve, mas um fluido tirado em parte do perispírito do médium e em parte (metade de cada um) do Espírito operador. 

Pg.119/P23 – Como o Espírito pode tornar-se visível? – Resposta: O princípio é o mesmo de todas as manifestações e está nas propriedades do perispírito, que pode sofrer diversas modificações, à vontade do Espírito.

Pg.119/P24 – O Espírito propriamente dito pode fazer-se visível ou só o faz com a ajuda do perispírito? – Resposta: Na vossa situação material o Espírito só pode manifestar-se com a ajuda do seu invólucro semimaterial. É este o intermediário pelo qual eles agem sobre os vossos sentidos. Graças a esse invólucro é que eles aparecem algumas vezes com a forma humana ou outra qualquer, seja nos sonhos ou no estado de vigília, assim a plena luz como na obscuridade. 

Pg.120/P25 – Podemos dizer que é pela condensação do fluido do perispírito que o Espírito se torna visível? – Resposta: Condensação não é o termo. Trata-se apenas de uma comparação que pode ajudar a compreender o fenômeno, pois não há realmente uma condensação. Pela combinação dos fluidos produz-se no perispírito uma disposição especial, sem possibilidade de analogia para vós, e que o torna perceptível. 

Pg.121/R31 – A forma humana é a sua forma normal. O Espírito pode variá-la na aparência, mas conservando sempre o tipo humano.

Pg.121/P32 – Não podem manifestar-se com a forma de flamas? – Resposta: Podem produzir flamas, clarões, com qualquer outro efeito para demonstrar a sua presença, mas essas coisas não são o próprio Espírito. A flama é quase sempre apenas um efeito ótico ou uma emanação do perispírito. Em todos os casos é somente uma parte do perispírito, que só aparece inteiramente nas visões. 

Pg.121/P35 – Os Espíritos poderiam se apresentar com a forma de animais? – Resposta: Isso pode acontecer, Mas são sempre Espíritos inferiores os que tomam essas aparências. Mas seriam sempre, em todos os casos, aparências passageiras, pois seria absurdo acreditar que um animal pudesse ser a encarnação de um Espírito. Os animais são sempre animais e nada mais do que isso.

Pg.125/núm105 – O perispírito, por sua própria natureza, é invisível no estado normal. Isso é comum a uma infinidade de fluidos que sabemos existirem e que jamais vimos. Mas ele pode também, à semelhança de certos fluidos, passar por modificações que o tornem visível, seja por uma espécie de condensação ou por uma mudança em suas disposições moleculares, e é então que nos aparece de maneira vaporosa. A condensação pode chegar ao ponto de dar ao perispírito as propriedades de um corpo sólido e tangível, mas que pode instantaneamente voltar a seu estado etéreo e invisível.

Esses diversos estados do perispírito, entretanto, resultam da vontade do Espírito e não de causas físicas e exteriores, como acontece com os gases. O Espírito nos aparece quando deu ao seu perispírito a combinação necessária para se tornar visível. Mas a simples vontade não basta para produzir esse efeito, porque a modificação do perispírito se verifica mediante a sua combinação com o fluido especifico do médium. Ora, essa combinação nem sempre é possível, e isso explica por que a visibilidade dos Espíritos não é comum.

... É necessário ainda que a emissão de fluido da pessoa seja abundante para operar a transformação do perispírito, e provavelmente há outras condições que desconhecemos.

Pg.126/núm106 – Outra propriedade do perispírito é a penetrabilidade inerente à sua natureza etérea. Nenhuma espécie de matéria lhe serve de obstáculo: ele atravessa a todas, como a luz atravessa os corpos transparentes.

Pg.128/núm109 – O perispírito, como se vê, é o principio de todas as manifestações. Nele encontramos, a explicação da possibilidade de ação do Espírito, sobre a matéria, da movimentação dos corpos inertes, dos ruídos e das aparições. 

Pg.131/núm113/R 1 – (Resposta dos Espíritos) - ... Já dissemos também que o Espírito, através do seu envoltório semimaterial, pode tomar todas as formas para se manifestar. 

Pg.135/núm114 – Ambos se fundam no princípio de que tudo o que foi dito sobre as propriedades do perispírito após a morte se aplica ao perispírito dos vivos.

... O Espírito, tanto do vivo quanto do morto, tem sempre o seu envoltório semimaterial, que pelas mesmas causas já referidas pode adquirir a visibilidade e a tangibilidade. 

Pg.138/núm119/R 1 – Quando o homem se desmaterializou completamente por sua virtude, tendo sua alma a Deus, pode aparecer em dois lugares ao mesmo tempo. Eis como: o Espírito encarnado sentindo chegar o sono, pode pedir a Deus para se transportar a algum lugar. Seu Espírito ou sua alma, como quiseres, abandona então o corpo, seguido de uma porção de seu perispírito, e deixa a matéria inunda num estado vizinho da morte. Digo vizinho da morte porque o corpo permanece ligado ao perispírito e a alma à matéria, por um liame que não pode ser definido. O corpo aparece no lugar pedido (Santo Afonso). 

Pg.139/núm121 – A pessoa que mostra simultaneamente em dois lugares diversos tem portanto dois corpos. Mas desses corpos só um é real, o outro não passa de aparência. Pode-se dizer que o primeiro tem vida orgânica e o segundo anímica. Ao acordar os dois corpos se reúnem e a vida anímica penetra o corpo material. 

Pg.139/núm121 – A pessoa que mostra simultaneamente em dois lugares diversos tem portanto dois corpos. Mas desses corpos só um é real, o outro não passa de aparência. Pode-se dizer que o primeiro tem vida orgânica e o segundo anímica. Ao acordar os dois corpos se reúnem e a vida anímica penetra o corpo material. 

Pg.141/núm123 – (Assunto: Transfiguração) – Admite-se em principio que o Espírito pode dar ao seu perispírito todas as aparências. Que por uma modificação das disposições moleculares, pode lhe dar a visibilidade, a tangibilidade e em consequência a opacidade. Que o perispírito de uma pessoa viva, fora do corpo pode passar pelas mesmas transformações e que essa mudança de estado se realiza por meio da combinação dos fluidos.

Imaginamos então o perispírito de uma pessoa vida, não fora do corpo mas irradiando ao redor do corpo de maneira a envolvê-lo como uma espécie de vapor. Nesse estado ele pode sofrer as mesmas modificações de quando separado. Se perder a transparência, o corpo pode desaparecer, tornar-se invisível, velar-se como se estivesse mergulhado num nevoeiro. Poderá mesmo mudar de aspecto, ficar brilhante, de acordo com a vontade ou poder do Espírito. Outro Espírito, combinando o seu fluido com esse, pode substituir a aparência dessa pessoa, de maneira que o corpo real desapareça, coberto por um envoltório físico exterior cuja aparência poderá variar como o Espírito quiser. 

Pg.142/Nota(H.P.) – Há numerosos casos de observação de uma máscara transparente sobre o rosto do médium, reproduzindo o rosto do Espírito comunicante. Observamos um desses raros casos em 1946, em São Paulo, com o médium Urbano de Assis Xavier. Nesses casos, como se vê, acima, a máscara se forma pela combinação fluídica do perispírito do médium com o do Espírito comunicante. É fenômeno de sintonia e não de penetração do Espírito no corpo do médium. 

Pg.145/núm126 – ... O perispírito pode adquirir as propriedades da matéria e tornar-se tangível. 

Pg.149 – (Papel dos médiuns nas comunicações): ... Munidos de elementos mentais que podem ser prontamente utilizados, bons instrumentos, numa palavra, porque então o nosso perispírito, agindo sobre o perispírito daquele que mediunizamos, só tem de lhe impulsionar a mão que serve de porta-canetas ou porta-lápis - (Erasto e Timóteo). 

Pg.236 (Da mediunidade dos animais): Comunicação dada em seguida a uma discussão a respeito, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas... O vosso perispírito e o nosso são ligados do mesmo meio, são de natureza idêntica, são semelhantes, numa palavra. Possuem ambos uma capacidade de assimilação mais ou menos desenvolvida, de imantação mais ou menos vigorosa, que permite a nós, Espíritos e encarnados, por-nos muito pronta e facilmente em relação. Enfim, o que pertence especificamente aos médiuns, à essência mesma de sua individualidade, é uma afinidade especial, e ao mesmo tempo uma força de expansão particular, que anulam neles toda possibilidade de rejeição, estabelecendo entre eles e nós uma espécie de corrente ou de fusão, que facilita as nossas comunicações. 

Pg.271/ – ... Nosso envoltório fluídico, mais imponderável e mais sutil que o mais sutil e imponderável de vossos gases, unindo-se, casando-se, combinam-se com o envoltório fluídico mais animalizado do médium, e cuja propriedade de expansão e de penetrabilidade escapa aos vossos sentidos grosseiros é quase inexplicável para vós, permite-nos movimentar os móveis e até mesmo quebrá-los em aposentos vazios. 

Pg.272/ - ... Mas, quero repeti-lo: não mediunizamos diretamente nem os animais nem a matéria inerte. Precisamos sempre do concurso consciente ou inconsciente de um médium humano, porque necessitamos da união dos fluidos similares, que não encontramos nos animais nem na matéria bruta. 

Mecânica da levitação segundo H. de Freitas 

“Misturando o fluido animal do médium com o fluido universal do Espírito, temos um pouco da natureza humana e um pouco da espiritual, formando um elemento intermediário. Impregnada a mesa com esse elemento, o fluido material se liga à madeira e o espiritual fica ligado ao pensamento do Espírito. Essa, ao que parece, a mecânica da levitação e essa a natureza do ectoplasma”.

Na produção do fenômeno (levitação, etc.), o Espírito é a causa e o fluido é o seu instrumento; ambos são necessários.

“As pessoas tiram de si mesmas o fluido necessário à produção dos fenômenos e podem agir sem auxilio dos Espíritos. Não são propriamente médiuns, no sentido exato da palavra. Mas pode também que um Espírito as assistam e aproveite as suas disposições naturais”.

“Ao mover os corpos sólidos, os Espíritos penetram na substância dos mesmos ou permanecem fora delas? R – Fazem uma coisa e outra... Uma porção do seu perispírito se identifica, por assim dizer, com o objeto em que penetra. ... Seu martelo é o fluido combinado que ele põe em ação, pela vontade, para mover ou bater. Quando move, a luz vos transmite a visão do movimento; quando bate, o ar vos transmite o som”.

“Desde que age sobre a matéria, pode agir tanto sobre o ar como sobre a mesa. Quanto aos sons articulados, pode imitá-los como a todos os demais ruídos”.

“Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Ide, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio ao bom grão, as utopias com as verdades. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, trad. J.Herculano Pires, Ed. LAKE, Cap. VI.

 

Porque Somos Obsediados!

Allan Kardec - 1804-1869
 

Porque Somos Obsediados!

 “Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhe darei descanso. Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. Porque a minha carga é suave, e o meu fardo é leve.” https://www.significados.com.br/jugo/

Somos Espíritos imperfeitos, estamos, ainda, aprendendo a lidar com sentimentos como o ódio, raiva, mágoa, inveja, maledicência, ciúme, egoísmo, orgulho, vaidade e outros. Como bem diz Suely Caldas Schubert, no livro Obsessão e Desobsessão, cap. 11: “Desde que não conseguimos a nossa liberdade completa; desde que ainda não temos a nossa carta de alforria para a eternidade; desde que caminhamos sob o guante de pesadas aflições que nos falam de um passado culposo e que ressumam sombras ao nosso redor; desde que ainda não temos a plenitude da paz de consciência e do dever cumprido; desde que somos forçados, cerceados, limitados em nosso caminhar e constrangidos a suportar presenças que nos causam tortura, inquietações, lágrimas e preocupações sem conto, é porque, em realidade, ainda somos prisioneiros de nós mesmos, tendo como carcereiros aqueles a quem devemos. Estes, que hoje se comprazem em nos observar — a nossa ‘nuvem de testemunhas’ manter e forçar a que permaneçamos no cárcere de sombras que nós mesmos construímos.”.

Nas nossas existências anteriores, e mesmo nesta, desagradamos pessoas, ferimos sentimentos, agredimos e humilhamos aqueles há quem supostamente julgamos inferiores, sem contar aqueles que foram vítimas da nossa soberba.

Veja o texto extraído da Associação Espírita Allan Kardec – São José do Rio Preto – https://kardecriopreto.com.br/sobre-obsessao/ “Porque ainda somos inferiores em sentimentos, temos poucas virtudes, praticamos pouco o bem. Nas relações humanas das diversas vidas carnais, muitas vezes prejudicamos, ferimos irmãos que não nos perdoaram; devido a lei de causa e efeito e de liberdade, aquele que escolhe o mal permite que lhe seja devida a reação, em outras palavras, quem faz o mal acaba permitindo que o mal lhe seja devolvido, ainda que esse ato contrarie as leis divinas. O obsessor pode ser alguém que se afinizou com nossa conduta ou alguém que pensa ou foi por nós prejudicado.”

Como Espíritos imperfeitos, errantes – “desligados do corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem” (1) –, guardamos em nosso acervo mental uma vasta coleção de imperfeição moral que se traduz em maus hábitos, vícios, atitudes, apegos doentios e outros desvios do comportamento. Nessa trajetória fizemos amigos e inimigos; muitos amigos estão numa situação melhor que a nossa, isto é, são felizes e não estão mais sujeitos a reencarnação neste mundo; outros, estão numa situação igual ou pior que a nossa e querendo nos ajudar, terminam dificultando o nosso progresso por falta de compreensão das leis divinas, isso pode resultar em obsessão. Já os inimigos, esses vão nos perseguir, sem piedade, pelo mal que fizemos até que a reparação satisfaça as condições impostas ou aja mudança de nossa parte no sentido de tomar o caminho do bem, trabalhando a favor do próximo, assim como Jesus nos ensinou: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" - Mt 22 36-40. E em Lucas 12:33-34: "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração". (2)

“O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses ou nas suas mais caras afeições.” ALLAN KARDEC — O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 10, item 6.

(1) FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Mediunidade: Estudo e Prática Programa 1 - Módulo IV – A vida no Plano Espiritual – Espíritos Errantes.

(2)https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/12.

Prováveis Sinais e/ou Sintomas...

 

Allan Kardec - 1804-1869 

 

Prováveis sinais e/ou sintomas da ação de um Espírito mal sobre uma pessoa (obsessão):

"Amados meus, não acrediteis em todos os espíritos, mas examinai-os para ver se são de Deus, porque no mundo surgiram muitos falsos profetas." (1)

Pergunta 456: Os Espíritos veem tudo o que fazemos? Resposta: Podem vê-lo, pois estais incessantemente rodeados por eles. Mas cada um só vê aquelas coisas a que dirige a sua atenção, porque eles não se ocupam das que não lhes interessam. (2)

Pergunta 457: Os Espíritos podem conhecer os nossos pensamentos mais secretos? Resposta: Conhecem, muitas vezes, aquilo que desejaríeis ocultar a vós mesmos; nem atos, nem pensamentos podem ser dissimulados para eles. (3)

"Timóteo, guarde o que foi confiado a você. Evite as conversas inúteis e profanas e as ideias contraditórias do que é falsamente chamado conhecimento." (4)

Pergunta 972: Como os maus Espíritos fazem para tentar outros Espíritos, uma vez que não possuem o auxílio das paixões? Resposta: Se as paixões não existem materialmente, existem no pensamento dos Espíritos atrasados. Os maus alimentam os pensamentos deles arrastando suas vítimas para os lugares onde têm o espetáculo dessas paixões e tudo que pode excitá-las.(5)

Pergunta 972-a: Mas por que estimulam essas paixões, uma vez que não têm mais objetivo real? Resposta: É precisamente para provocar o suplício: o avaro vê o ouro que não pode possuir; o libertino, orgias das quais não pode fazer parte; o orgulhoso, honras que inveja e de que não pode desfrutar.(6)

Prováveis sinais e/ou sintomas:

- Dores (em especial de cabeça) e mal-estar generalizado, desconforto intestinal.

- Bocejos intensos e frequentes.

- Cansaço extremo e doenças recorrentes sem motivo.

- Se envolver com frequência em fofocas, julgar e/ou ofender os outros, etc.

- Baixa tolerância à frustração - Fica irritado facilmente, chegando até a perder o controle.

- Labilidade emocional - mudanças exageradas e sucessivas no humor, sentimentos e/ou emoções; chega a se sentir impotente sobre o controle de suas emoções.

- Desequilíbrio emocional sem uma causa aparente: estresse, ansiedade, angústia, tristeza, etc.

- Pensamentos recorrentes de ódio, fracasso, inveja, suicídio, etc.

- Pensamentos intrusivos - São pensamentos que surgem na mente sem que se tenha pensado neles, normalmente são sobre tragédias, desastres, sexo, ódio, exagerada autoestima, desejo de morte, destruição, maldades, Ciúme e desconfiança exagerada, Choro compulsivo, Agressividade, vitimismo, etc.

- Ver vultos e ouvir sons estranhos em casa.

- Dependência química, dependência emocional e tecnológica.

- Compulsão - exemplo: Compulsão por compras, jogos, sexo, exercícios físicos, etc.

- Transtornos: parafílico, do pânico.

- Delírios de grandiosidade.

- Sensação de mau pressentimento ou de que está sendo chamado por alguém, em especial durante o sono.

- Elevação exagerada do desejo sexual.

- Falta de concentração, Insônia.

- Acordar sempre à mesma hora durante a madrugada e perde o sono.

- Ter o mesmo sonho repetidas vezes (quase sempre pesadelos).

- Odores ruins surgindo do nada.

"No livro da médium Ivone Pereira, “Ressurreição e Vida”, a autora nos dá algumas dicas para saber se algum espírito está nos obsidiando ou obsidiando alguém próximo. São esses: olhar fixo, esgazeado ou fugidio, sem encarar ninguém; tiques e cacoetes nervosos; desalinho ou desleixo na aparência pessoal – excentricidade; agitação, inquietude, intranquilidade; medo e desconfiança injustificados; apatia, sonolência, mente dispersa; ideias fixas; excessos no falar, no rir; mutismo ou tristeza; agressividade gratuita, difícil de conter; ataques que levam ao desmaio, rigidez, inconsciência, contorções, etc.; pranto incontrolável sem motivo; orgulho, vaidade, ambição ou sexualidade exacerbados." Texto extraído do site:

https://www.letraespirita.blog.br/single-post/oquesaoespiritosobsessores.

 

Nota: Consulte sempre um médico, um médico psiquiatra ou um psicólogo para afastar qualquer hipótese de doença física e/ou psicológica. Afastada a hipótese, de doença física ou mental, procure um Centro Espírita para tratamento espiritual; entretanto, o tratamento espiritual pode ser feito juntamente com o tratamento do profissional de saúde. Leve sempre em conta: Nenhum tratamento espiritual substitui ou suspende o tratamento médico, ou acompanhamento psicológico.

 

Obras Consultadas:

(1) Primeira Carta de São João, 4:1. (1)

(2) Livro dos Espíritos, Cap. IX, Invetervenção dos Espíritos no Mundo Corpório - penetrar os nossos pensamentos, Trad. J. Herculano Pires.

(3) Livro dos Espíritos, Cap. IX, Invetervenção dos Espíritos no Mundo Corpório - penetrar os nossos pensamentos, Trad. J. Herculano Pires.

(4) Paulo, 1ª Carta a Timoteo, 6:20.

- Obsessão e Desobsessão - Autora: Suely Caldas Schubert - Disponível para leitura em Lar Bom Repouso: http://larbomrepouso.com.br ou https://www.larbomrepouso.com.br/e-books-2/, para ir direto para a página de e-books.

- A Obsessão, Allan Kardec - Casa Editora O Clarim.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Labilidade_emocionalAlteração.

 

Estamos rodeados por Espíritos!


Allan Kardec - 1804-1869

Estamos rodeados por Espíritos!

Pergunta 459 - Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? Resposta: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

Estamos rodeados por Espíritos. Há quem pense que os Espíritos estão numa região do espaço e que só entram em contato com a gente em casos especiais. Engano de quem pensa assim… Eles estão por toda parte e interferem nas nossas decisões, sem contar nas chacotas que fazem a nosso respeito; provocam desentendimentos, usam e abusam dos nossos hábitos, fraquezas, vícios; provocam brigas, incentivam a desunião, causam doenças inexplicáveis, dores sem causa aparente, mal-estar físico e emocionais sem motivo que justifique, e assim por diante… Bem! Me refiro aos Espíritos inferiores que continuam presos a matéria, que tem nos prazeres dos sentidos a fonte que alimenta a sua natureza perversa. É preciso aplicar a máxima dita por Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” Mateus 26:40.

Esses Espíritos se aproveitam da invigilância da pessoa, isto é, do Espírito encarnado que se deixa levar pelos devaneios, e tomam conta. Se aproveitando das fraquezas morais dominam a vítima, daí em diante passam a estimular as suas fantasias, os seus desejos mais secretos, mais íntimos; e ela sem perceber se deixa levar, e gosta, porque provavelmente faz parte da sua história como Espírito. Sente prazer com isso porque é o que deseja, é parte da sua fantasia, daquilo que mais quer… Daí em diante os laços entre o dominado e o dominador vai se tornando cada vez mais estreito até que, se não houver uma ação contrária da vítima em relação ao obsessor, ele passa a dominar por completo a sua vítima, levando-a a constrangimentos cada vez maiores; apresenta comportamento agressivo, inadequado para o momento, ideias de suicídio recorrente, transtorno do pânico, depressão, transtorno parafílico... É importante procurar ajuda. A obsessão espiritual é uma doença que deve ser tratada logo que se tenha conhecimento dela. Não pense que isso é bobagem, que não existe e que com a morte acaba tudo ou que os mortos ficam esperando a hora da ressurreição e que isso é obra do demônio. Não! Pelo contrário, após a morte os Espíritos vão se juntar àqueles com os quais estão em sintonia, mesmo que a vítima quiser não se libertará tão facilmente, é uma questão de sintonia, de simbiose - os pensamentos estão na mesma frequência e, veja bem, não depende de grau de instrução, a lei é igual para todos. 

Já os bons Espíritos, ajudam; não julgam, não recriminam, apenas ajudam, independentemente de credo ou de raça, mesmo porque, somos todos filhos de Deus. Deus não criou um melhor que o outro, deu a todos as mesmas qualidades e oportunidades. O bom Espírito compreende isso, sabe que todos, um dia, serão perfeitos e sabe que o caminho mais curto para chegar a perfeição é pela Lei do Amor, começando pelo perdão: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas” - Mateus 6:14,15. E a uma pergunta de Pedro, jesus respondeu: “(…) Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” - Mateus 18:22. Isto é, perdoar sempre… Os bons Espíritos não cobram nada por isso, vão por toda parte a procura daqueles que cansados da roda de dor e sofrimento querem sair desse círculo e retomar a sua caminhada para Deus.

“Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Ide, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio ao bom grão, as utopias com as verdades." O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, trad. J.Herculano Pires, Ed. LAKE, Cap. VI.

 

Cuidados e Riscos

Allan Kardec - 1804-1869

Cuidados e Riscos!

5. Concerta-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz e que o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas mandado para cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil. (Mateus, V:25-26).

6. […] A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos vingativos perseguem sempre com o seu ódio, além da sepultura, aqueles que ainda são objeto do seu rancor. [...] O Espírito mau espera que aquele a quem quer mal esteja encerrado em seu corpo e assim menos livre, para mais facilmente o atormentar, atingindo nos seus interesses ou nas suas mais caras afeições. É necessário ver nesse fato a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo daqueles que apresentam certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsedado e o possesso são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança anterior, a que provavelmente deram motivo por sua conduta. [Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Ed. LAKE, trad. J. Herculano Pires, Cap. X].

Pergunta 466 - Por que permite Deus que os Espíritos nos incitem ao mal? Resposta: “Os espíritos imperfeitos são os instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens no bem. Tu, sendo Espírito, deves progredir na ciência do infinito, e é por isso que passas pelas provas do mal até chegar ao bem. Nossa missão é a de te pôr no bom caminho, e quando más influências agem sobre ti, és tu que as chamas, pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm em teu auxílio no mal, quando tens a vontade de o cometer, eles não podem ajudar-te no mal, senão quando tu desejas o mal. Se és inclinado ao assassínio, pois bem! terás uma nuvem de Espíritos que entreterão esse pensamento em ti, mas também terás outros, que tratarão de influenciar para o bem, o que faz que se reequilibre a balança e te deixe senhor de ti. É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha da rota que devemos seguir, e a liberdade de ceder a uma ou a outra das influências contrárias que se exercem sobre nós." -  Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. LAKE, J. Herculano Pires.”

Cuidado com o que pensas, na maioria das vezes os pensamentos não são teus, e, se o são, podem estar sendo alimentados por Espíritos inferiores que não têm o mínimo respeito por você. Podem ser inimigos de outras vidas, ou amigos que ainda não se deram conta de que não devem interferir na tua vida; como também, os Espíritos inferiores podem ser atraídos pelos teus pensamentos. É de bom alvitre mudar o modo de pensar. 

Pensamento otimista, trabalho fraterno de solidariedade, interesse sincero pelo bem-estar do próximo, o hábito de orar, manter a mente ocupada com a boa leitura – assim ajuda a criar boas imagens mentais –, e meditar sobre os ensinamentos de Jesus. 

Evitar: a ociosidade, criticar os outros, ofensas, denegrir o próximo, fazer fofocas, mentir, ciúme, inveja, pessimismo, ódio, desvio sexual, dependência de drogas em geral, maledicência, não emitir juízo de valor… E outros. Vale a máxima: se não tiver algo de bom para dizer, não diga nada! 

Manter a calma nos momentos de muita tensão emocional, aprender a ouvir, saber respeitar a opinião e escolhas dos outros, isto é, não julgar – tenha em mente que cada um é responsável pelas escolhas que faz. Perdoar sempre, procurar se conhecer e como funciona a mente e qual a ação dos pensamentos sobre a tua vida, isto é, conhecer a si mesmo… São cuidados que “(…) constituem a terapia preventiva quanto curadora contra a obsessão”. [1].

E para finalizar, temos o texto de Joana de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, no livro ALERTA: “Na condição de Terapeuta Divino, prescreveu Jesus, contra os flagelos da obsessão: “Fazer ao próximo somente o que desejar que este lhe faça, porquanto, assim procedendo, o amor que nos dedicamos a nós mesmos, automaticamente se dilatará em relação ao nosso próximo, desfazendo as matrizes do mal que ainda se demoram fixadas em muitos dos seres que pululam em torno da Terra, ao mesmo tempo auxiliando-os a despertarem para o bem e para a felicidade.”

DRAMAS DA OBSESSÃO, Pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes, Yvone do Amaral Pereira. 

[1][2][...] ALERTA, Pelo Espírito Joana de Ângelis, Divaldo P. Franco, em Obsessão e Jesus. 

Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. LAKE, J. Herculano Pires. 

Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Ed. LAKE, trad. J. Herculano Pires, Cap. X.

 

Os Acompanhantes Ocultos

 

Allan Kardec - 1804-1869

 

 

 

 Os Acompanhantes Ocultos:

Pergunta 475: Pode alguém por si mesmo afastar os maus Espíritos e libertar-se da dominação deles? Resposta: “Sempre é possível, a quem quer que seja, subtrair-se a um jugo, desde que com vontade firme o queira.” - Allan Kardec, FEB, Livro dos Espíritos, trad. Guillon Ribeiro.

A morte não é o fim, ao morrer o Espírito que animava o corpo da pessoa continua vivo. Conforme o seu adiantamento moral, se fez o bem vai para um bom lugar; se foi uma pessoa má é arrastado por aqueles com os quais se encontra em sintonia. Tem aquele que ao deixar o corpo após a morte fica perambulando pela Terra, sem nem ao menos saber que morreu. É comum ir atrás dos amigos ou familiares, ou mesmo do abrigo de seu lar. Como é ignorado, isto é, não é visto e nem percebido, a princípio fica aturdido, sem contar os pensamentos de que é alvo. Esses pensamentos podem ter impacto positivo ou negativo, conforme o grau de afeição daquele que pensa. Há muitas pessoas próximas do falecido que a todo momento falam dos ressentimentos, dos desentendimentos, do caráter duvidoso, aumentando pequenas ofensas para justificar as pendências; por outro lado, esse Espírito ainda sente as angústias de quando em vida e traz consigo os hábitos, vícios, apegos e tudo aquilo que o prendia as ilusões, fantasias e desejos que o nortearam em vida. E tem mais, caso esse Espírito seja invejoso, rancoroso, odeie muito alguém que supostamente, ou não , lhe fez mal, vai ficar aguardando o momento exato para a desforra. Ao contrário, se foi uma pessoa altruísta segue em frente perdoando e amando aqueles que de alguma forma o ajudaram na sua caminhada para Deus.

Dependendo do apego aos bens que possuía, vai lutar para defendê-los; vai alimentar os desentendimentos, discórdias entre familiares e aqueles que lhe eram próximos. Caso os familiares estejam receptivos as sugestões desse Espírito, vão sentir o impacto dos seus pensamentos e das suas travessuras. Ele é membro da casa onde morava, não é visto, mas interfere na rotina daqueles que estão em sintonia com ele, que captam seus pensamentos, que aceitam suas sugestões, transmitindo suas sensações de doenças, suas emoções de raiva, dores, desejos, sofrimentos, medos, suas fantasias, seus desequilíbrios emocionais. Aos poucos ele vai dominando aqueles que são mais receptivos, os invigilantes, que guardam no íntimo pensamentos frívolos, desejos reprimidos e/ou fantasias, são alvo fáceis para ele e outros Espíritos, mesmo porque, os pensamentos são públicos, isto é, nada do que se pensa fica encoberto, dai resulta no que diz a velha Lei da Afinidade: Os iguais se atraem – entram em sintonia com aqueles que compartilham os mesmo pensamentos.

Pessoas que não cuidam dos seus pensamentos, que se deixam guiar pelos prazeres dos sentidos, essas, sim, são alvos fáceis, são como marionetes obedecendo comandos que supõem ser delas, mas, na verdade, não são; não se dão conta dos inúmeros Espíritos que estão junto a elas estimulando comportamentos inadequados e algumas vezes vexatórios, fazendo ressurgirem velhos hábitos, vícios e costumes de outras existências para melhor dominá-las… É assim que começa uma obsessão.

A Obsessão é uma doença que afeta grande parte da humanidade, isso se deve, geralmente, pela ação dos Espíritos inferiores que se aproveitam das condições morais das pessoas para manipulá-las e posteriormente dominá-las. No começo é sutil, quase não dá para perceber: é uma ou mais palavras fora do contexto, é um pensamento de discórdia ou de um desejo reprimido que aparece do nada e que se repete ao longo do dia, é aquele temperamento explosivo sem motivo, sintomas de depressão e/ou pânico sem razão de ser, desejos repetidos que não fazem parte dos hábitos da pessoa, doenças emocionais sem causa aparente, dor de cabeça sem está associada a uma doença, calafrios pelo corpo (aquela sensação de arrepio), pensamentos suicida e assim por diante, são muitos e variados os sinais e sintomas; mas é possível identificá-los logo no começo.

Pergunta 479: A prece é meio eficaz para a cura da obsessão? Resposta: A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas não basta que alguém murmure algumas palavras para que obtenha o que deseja. Deus assiste os que obram, não os que se limitam a pedir. É, pois, indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus Espíritos. - Allan Kardec, FEB, Livro dos Espíritos, trad. Guillon Ribeiro. Nota: Não deixe de ler o Capítulo XXIII - Da obsessão - do Livro dos Médiuns.

Espírito Obsessor

 

Allan Kardec - 1804-1869

 Espírito Obsessor:

“A obsessão é a ação persistente de um mau Espírito sobre uma pessoa. Apresenta características muito diversas, desde a simples influência de ordem moral, sem sinais exteriores perceptíveis até a completa perturbação do organismo e das faculdades mentais” (…). (1)

“Os maus Espírito pululam ao redor da Terra, em consequência da inferioridade moral dos seus habitantes. Sua ação malfazeja faz parte dos flagelos que a Humanidade suporta neste mundo. A obsessão, como as doenças, e como todas as atribulações da vida, deve ser considerada, pois, como uma prova ou uma expiação, e aceita nessa condição.” (2)

“Assim como as doenças são o resultado das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas do exterior, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral que dá acesso a um mau Espírito.” (3)

(1), (2) e (3) O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap 28, item 81 Prefácio, trad. J. Herculano Pires, Ed. LAKE.

Quem é o Espírito Obsessor:

O Espírito obsessor é inferior, imperfeito, apegado a matéria e preso, ainda, ao mal. É malicioso, inconsequente e inclinado a fazer a maldade.

Procura fazer o outro sofrer como ele sofre; sendo assim, se aproxima daquele que um dia se relacionou, do qual tem mágoa ou ressentimento, inveja, ou mesmo dominado por um amor obsessivo, ódio, desejo de vingança por um desentendimento do passado.

Caso a provável vítima seja invigilante, de mente intranquila, instável emocionalmente, é fácil se ligar a ele, obsessor; mesmo porque, já está na mesma frequência; a partir daí a sintonia se estabelece.

O domínio começa de forma simples, isto é, ele interfere nos pensamentos, intervém nas ações, induz a sua vítima a cometer pequenos deslizes contra a sua vontade, mas isso de forma sutil, sem se mostrar. Com o tempo isso vai mudando, mesmo porque, ele já exerce maior controle sobre a sua vítima; a sintonia nesse ponto está bem melhor, é o período de fascinação, onde o prazer e a dor andam de mãos dadas: prazer, em relação às efemeridades dos sentidos, isto é, luxúria, poder e outros; dor, em relação à depressão, ideia suicida, distúrbio do pânico, isolamento sem motivo aparente, falta de amor-próprio, entre outras coisas. Já na fase de subjugação o obsessor se mostra, a vítima é prisioneira da sua vontade; dominada, luta em vão para se libertar, não se da conta, não percebe que é vítima de uma mente intrusa que estimula, alimenta e da forma as suas fantasias, ilusão, que a tortura e a faz passar por momentos deveras constrangedores; que implanta na sua mente justificativas para comportamentos antes rejeitados por ferir princípios não aceitos social e moralmente; e que aos poucos vai perdendo a liberdade de tomar as suas próprias decisões.

Esses estágios demoram muito entre um e outro, pode levar anos ou mesmo nunca se alterar do primeiro para o segundo ou mesmo do segundo para o terceiro, mesmo porque, depende muito dos hábitos, atitudes, comportamentos e interesses da vítima sobre aquilo que lhe é sugerido.

A pessoa pensa que a fala bonita, normalmente sem conteúdo, ou o comportamento rebelde, quase sempre liberal, que a depressão, o transtorno do pânico, a ideia de suicídio, a libertinagem que aos poucos vai ganhando corpo em sua mente, é dela. Não! O obsessor está ali, ao lado, se alimentando das suas energias, das fraquezas daquela pessoa, induzindo-a a cometer atos que jamais faria se tivesse a liberdade de agir por si mesma. Esse é o obsessor, cruel, implacável, dominador, ardiloso, fingido, mentiroso e que fará de tudo para dominar a sua vítima, nem que tenha para isso de arregimentar outros mais experientes que ele para ajudá-lo na dominação. Ele não está só, conta com o apoio de muitos vinculados ao mal, como ele.

Nota: Consulte sempre um médico, um médico psiquiatra ou um psicólogo para afastar qualquer hipótese de doença física e/ou psicológica. Afastada a hipótese, de doença física ou mental, procure um Centro Espírita para tratamento espiritual; entretanto, o tratamento espiritual pode ser feito juntamente com o tratamento do profissional de saúde. Leve sempre em conta: Nenhum tratamento espiritual substitui ou suspende o tratamento médico, ou acompanhamento psicológico.

 

Conceito: O que é Obsessão espiritual?

 

Allan Kardec - 1804-1869

Conceito: O que é Obsessão?

"É o domínio ou ação persistente que um Espírito exerce sobre uma pessoa e é sempre praticada por Espíritos inferiores que procuram dominar."

"237. Entre os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar." Allan Kardec, Livro dos médiuns, Cap. XXIII, Tradução de Guillon Ribeiro da 49ª edição francesa, Ed. FEB.

“81. A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um Indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.” O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, Item 81, Trad. Guillon Ribeiro, Ed. FEB.

"A obsessão é enfermidade generalizada, que grassa entre os homens, em decorrência do comércio psíquico, infeliz quão desesperador." Joanna de Ângelis, Médium: Divaldo Pereira Franco - Livro: Alerta, primeira edição, 1981, capitulo 4, parágrafo IV.

 

Leia Kardec -  Estude a Doutrina Espírita!

Citações Espíritas

Allan Kardec - 1804-1869


"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes mandamentos contém toda lei e os profetas." - Mateus , XII: 34-40.

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade" - Allan Kardec.

"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." - Allan Kardec.

"Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei à porta e ela vos será aberta; porquanto quem pede recebe e quem procura acha, e àquele que bate à porta, ela se abrirá ." - Mateus, cap. VII, v. 7 a 11.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” - Mateus 26.41.

"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os  que por ela entram. Quão pequena é a porta da vida! Quão apertado o caminho que a ela conduz! E quão poucos a encontram!" - Mateus, 7:13 e 14.

“Credes e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.” – ESE, Allan Kardec, tradução de  J. Herculano Pires, ed. LAKE, 3ª edição, cap. VI, pg. 102 – Espírito Verdade, Paris 1860.

"Quantos tormentos, pelo contrário, consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possui, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é! Está sempre rico, pois se olha para baixo, em vez de olhar para cima de si mesmo, vê sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre calmo, porque não inventa necessidades  absurdas, e a calma em meio das tormentas da vida não será uma felicidade?"   ESE,  Allan Kardec,  tradução de J. Herculano Pires, ed. LAKE, 3ª edição, cap. V, pg. 92 – Fénelon, Lion 1860.

Evangelho Segundo o Espiritismo - A Caridade Segundo São Paulo: 6 – "Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade." (Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13).

 7 –" São Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que diz: 'Se eu falar as línguas dos anjos; se tiver o dom de profecia, e penetrar todos os mistérios; se tiver toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. Entre essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade'. Coloca, assim, sem equívoco, a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crença particular. E faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a, não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo." ESE, Allan Kardec, Cap. XV, Ed. Lake, 3.ª  ed.,  tradução de J. Herculano Pires.

“Todos os deveres do homem se encontram resumidos na máxima: Fora da caridade não há salvação”. E.S.E, Allan Kardec, Cap. XV, Ed. Lake, 3.ª  ed.,   tradução de J. Herculano Pires.

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações”. (Allan Kardec, E.S.E., XVII, 4).

“A fé sincera e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.” - ESE, Allan Kardec, Cap. XIX, Ed. Lake, 3.ª ed., tradução de J. Herculano Pires, pg 238.

"A verdadeira fé se alia à humildade. Aquele que a possui deposita a sua confiança em Deus, mais do que em si mesmo, pois sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele." - ESE, Allan Kardec, Cap. XIX, Ed. Lake, 3.ª  ed.,  tradução de J. Herculano Pires, pg 238.

"A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender."  -  ESE, Allan Kardec, Cap. XIX, Ed. Lake, 3.ª  ed. ,  tradução de  J. Herculano Pires, pg 240.

"A fé raciocinada, que se apoia nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade: crê-se, porque se tem certeza, e só se está certo quando se compreendeu. Eis por que ela não se dobra: porque só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade."  -  ESE, Allan Kardec, Cap. XIX, Ed. Lake, 3.ª  ed. ,  tradução de J. Herculano Pires, pg 240.

(...) Lembra-te de que os Bons Espíritos assistem aos que servem a Deus com humildade e desinteresse, e repudiam a qualquer que procure, no caminho do céu, um degrau para as coisas da Terra; eles se afastam dos orgulhosos e dos ambiciosos. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira entre o homem e Deus; são um véu lançado sobre as claridades celestes e Deus não pode servir-se do cego para fazer-nos compreender a luz". Livro dos Espíritos, PROLEGÔMENOS, Allan Kardec, Espírito de Verdade e Outros, Ed. Lake.

Leia Kardec - Estude a Doutrina Espírita!

 

I - Conhecimento do Princípio das Coisas

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